O presidente Marcelo Rebelo de Sousa tornou-se o centro de uma nova polémica após um gesto controverso com uma manifestante em Lisboa. Durante a 95.ª edição da Feira do Livro da capital portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa foi apanhado por câmaras a segurar uma jovem pelo pescoço enquanto ela protestava contra a posição de Portugal face ao conflito na Faixa de Gaza. O episódio rapidamente gerou grande atenção nas redes sociais e nos meios de comunicação, reacendendo o debate sobre a actuação do presidente em eventos públicos. O incidente aconteceu na quarta-feira, dia 4 de Junho, e a jovem envolvida segurava um cartaz com a frase que denunciava alegado genocídio na Palestina.
O momento em que Marcelo Rebelo de Sousa segura a manifestante pelo pescoço foi amplamente partilhado e criticado nas plataformas digitais. A jovem, visivelmente indignada, pediu que o presidente não lhe tocasse no pescoço, afirmando claramente a sua oposição à postura do governo português em relação ao conflito israelo-palestiniano. O caso gerou indignação entre defensores dos direitos humanos e críticos do governo, que consideram o gesto inaceitável num Estado democrático. Marcelo Rebelo de Sousa tem sido conhecido pelo seu estilo acessível e contacto directo com o público, mas neste caso o contacto físico foi visto como excessivo e desrespeitoso.
A atitude do presidente português reacende um debate maior sobre a liberdade de expressão e a reacção das autoridades perante protestos pacíficos. O gesto de Marcelo Rebelo de Sousa com a manifestante ocorreu num contexto de manifestação silenciosa, em que a jovem apelava à acção do governo português relativamente ao reconhecimento do Estado da Palestina. A intervenção física por parte de uma figura de Estado levanta questões sobre os limites entre a autoridade e o respeito pelos direitos civis. O gesto de Marcelo Rebelo de Sousa foi visto por muitos como uma tentativa de silenciar a voz da jovem, o que gerou forte repercussão entre activistas e movimentos sociais.
Posteriormente ao incidente, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu-se, afirmando que Portugal está a reconsiderar a sua posição nas Nações Unidas quanto ao reconhecimento pleno da Palestina. O presidente garantiu que tanto ele como o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros estão a trabalhar em conjunto com outros países europeus para estabelecer uma posição comum. Esta declaração foi interpretada como uma tentativa de suavizar as críticas, mas não conseguiu evitar a continuação da controvérsia em torno do gesto de Marcelo Rebelo de Sousa com a manifestante. A resposta do presidente não satisfez todos os sectores da sociedade, que exigem uma posição mais firme e coerente de Portugal.
O incidente envolvendo Marcelo Rebelo de Sousa e a manifestante teve repercussão também fora de Portugal, com veículos de comunicação internacionais a noticiarem o caso. A imagem do presidente português, que goza de grande popularidade a nível nacional e internacional, foi colocada em causa devido à forma como lidou com a situação. Críticos apontam que, num momento em que o mundo acompanha atentamente os desenvolvimentos no Médio Oriente, Portugal deveria mostrar uma postura de diálogo e escuta, e não de repressão física. O gesto de Marcelo Rebelo de Sousa será certamente lembrado como um dos momentos mais delicados do seu mandato.
A Feira do Livro de Lisboa, palco deste episódio, é tradicionalmente um espaço de celebração cultural e liberdade de ideias. O caso de Marcelo Rebelo de Sousa segurando a manifestante pelo pescoço contrasta com o espírito do evento e lança uma sombra sobre as edições futuras. Organizações de defesa dos direitos civis já manifestaram o seu desagrado e prometem continuar a denunciar qualquer acto de intimidação ou repressão. O gesto de Marcelo Rebelo de Sousa poderá ter implicações na sua imagem junto da juventude portuguesa, que tem sido uma das faixas etárias mais activas nas manifestações pró-Palestina.
A tensão no Médio Oriente tem motivado uma crescente mobilização por parte de cidadãos em diversos países, incluindo Portugal. Muitos jovens têm exigido do governo uma posição mais clara e solidária em relação ao povo palestiniano. O gesto de Marcelo Rebelo de Sousa, ao invés de apaziguar, acabou por alimentar mais críticas e protestos. A actuação do presidente português continuará sob escrutínio, especialmente se Portugal mantiver uma postura ambígua nas instâncias internacionais. O episódio reforça a necessidade de diálogo transparente e respeito mútuo entre os representantes do Estado e a sociedade civil.
Com este incidente, o gesto de Marcelo Rebelo de Sousa ficará registado como um ponto de inflexão na sua trajectória presidencial. A forma como o governo lida com protestos, manifestações e críticas públicas será, a partir de agora, observada com maior atenção. O gesto de Marcelo Rebelo de Sousa perante a manifestante poderá ter consequências políticas, especialmente se novas manifestações forem reprimidas de forma semelhante. Num contexto global em que os direitos humanos estão em constante debate, Portugal precisa reafirmar o seu compromisso com a democracia e a liberdade de expressão.
Autor: Latos Tyrson